sábado, 26 de setembro de 2009

IX OFICINA -PRODUÇÃO TEXTUAL

9ª OFICINA TEMÁTICA
TEMA: PRODUÇÃO TEXTUAL
DATA: 17/09/2009
OBJETIVOS:
1- apresentar elementos de reflexão e estratégias relacionados ao planejamento de textos.
2- identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento e a escrita de textos.
3- desenvolver atividades de planejamento e escrita, considerando a construção e revisão textual.
4- identificar parâmetros de avaliação e ações necessárias ao desenvolvimento da etapa de revisão.
5- identificar os elementos necessários ao desenvolvimento da etapa de edição.
6- produzir atividades de revisão e de edição da escrita para seus alunos.
Leitura do texto A PRIMEIRA CARTILHA de Moacyr Scliar como condição de produção de texto.
PROPOSTA : PRODUÇÃO DE TEXTO

A PRIMEIRA CARTILHA
Há coisas que a gente não esquece: a primeira namorada, a primeira professora, a primeira cartilha. Minha introdução às letras foi feita através de um livrinho chamado Queres ler? (assim mesmo, com ponto de interrogação). Era um clássico, embora tivesse alguns problemas: em primeiro lugar, tratava-se de um livro uruguaio, traduzido (o que era, e é, um vexame: cartilhas, pelo menos, deveriam ser nacionais). Em segundo lugar, era uma obra aberta e indiscreta: trazia instruções pormenorizadas sobre a maneira pela qual os professores deveriam usar o livro com os alunos. Quer dizer: era, também, para os professores, uma cartilha, o que, se não chegava a solapar a imagem dos mestres, pelo menos os colocava em relativo pé de igualdade com os alunos (pé de igualdade, não; menos. Pé de página, e em letras bem pequenas). Isto talvez fosse benéfico, porque um estímulo tínhamos para aprender a ler: ansiávamos para descobrir os segredos dos mestres.
E em terceiro lugar – mas isto era grave -, a cartilha começava com a palavra uva. (...)

Scliar, Moacyr. “Um país chamado infância”. In: ___. Para Gostar de Ler. Volume 18.
São Paulo: Ática, 2004. p. 46-47.

TÓPICOS QUE PUXARAM A EXPOSIÇÃO TEÓRICA DIALOGADA:
Pode-se iniciar um texto argumentativo apresentando sentenças que capturem a atenção do leitor. Assim, você pode introduzir na justificativa de suas escolhas: a) um objetivo; b) uma série de questões relacionadas ao objetivo e ao evento; c) uma introdução breve, mas engraçada, anedótica; d) uma enunciação controversa; e) um trecho com uma opinião contrária à que quer defender.

A atividade de planejamento é composta por séries de possibilidades de tomada de decisão que direcionam as diferentes produções de texto de acordo com a situação sócio-comunicativa.
Um bom planejamento possibilita o desenvolvimento e o aprendizado do aluno em direção à sua autonomia. Portanto, quando modelamos ou mesmo damos exemplos para o aluno a partir de nossa experiência pessoal, esperamos que isto sirva de alavanca para a sua criatividade, oferecendo alternativas às estratégias que já conhece.
Nosso objetivo é identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento de textos. Enumeramos algumas como o brainstorming, já muito conhecida e utilizada, a produção de anotações, resumos, parágrafos iniciais, etc.

As estratégias devem ser variadas em sala para motivar as crianças e adolescentes a planejarem e descobrirem seu próprio estilo de planejamento de acordo com as diferentes situações sócio-comunicativas das quais participam.

Cabe ao professor não somente preparar o aluno para a produção de textos, garantindo o conhecimento sobre o tema a ser desenvolvido, mas que ele deve privilegiar o aprendizado relacionado aos procedimentos de produção, seja por exemplo próprio, seja por outro tipo de exemplificação. O professor é aquele que constrói andaimes que vão sendo utilizados e internalizados pelos alunos.
A produção textual tem como trabalho central a escrita do texto. Todas as etapas estão interligadas, mas podemos ensinar nossos alunos que durante a escrita podem planejar novamente e revisar o que escreveram, dialogando com seu texto, fazendo perguntas ao seu texto como as indicadas por Calkins (2002: 166 e 167):

“O que eu disse até agora? O que estou tentando dizer?
Será que eu gosto do que escrevi? O que é tão bom aqui, que eu possa entender? O que não é bom que eu possa arrumar?
Como meu texto soa? Como parece?
O que meu leitor ou leitora pensará, quando ler isto? Que indagações poderão fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão?
E o que farei a seguir?”
Revisar um texto implica tomar decisões sobre a audiência, os gêneros de texto e as restrições e características relacionadas ao suporte e como o conteúdo deve ser tratado de acordo com a situação e com o objetivo que se quer alcançar. Se, por exemplo, existe alguma dúvida quanto à organização de dado trecho do texto, o autor é capaz de definir enquanto escreve ou no processo de revisão uma questão como “isto não está claro, não é suficiente”, o que o levaria a “reelaborar de forma mais clara”. Escritores maduros estão em um contínuo processo de reflexão.

A última etapa do processo de composição, denominada edição, envolve os reajustes finais visando à acuidade: é a hora de polir mais uma vez aspectos de coesão e coerência, a pontuação, a ortografia segundo as convenções estabelecidas.
Ensine seus alunos a deixarem alguns problemas para serem retomados numa segunda leitura do texto, como dificuldades em encontrar um termo mais adequado (“está na ponta da língua”). Sugira que marquem o local em que falta um termo ou escrevam um sinônimo e depois resolvam o problema indo ao dicionário.
Retome a prática de certas estratégias com cuidado de não extrapolar e apresentar a seus alunos inúmeras regras e sugestões numa mesma aula.
Justifique suas ações e objetivos, dialogando com seus alunos e lhes dê um tempo para que se acostumem a esse tipo de rotina.
Pratique em sala a transformação de um texto escrito de um gênero em outro gênero. Essa estratégia de ensino pode ajudar o aluno a compreender a diferença existente entre as diversas situações sócio-comunicativas.
Faça com que o aluno consiga identificar problemas no seu texto, organizando o ensino e o aprendizado a partir dos conhecimentos que já construiu.
Escrever é um processo...
Que envolve várias atividades (interação, cooperativas, contextualizadas, com especificidades linguísticas e pragmáticas...)
TIPOS DE CORREÇÃO
Correção classificatória – em que a natureza dos problemas detectados é apontada, através da metalinguagem codificada específica.

Correção textual-interativa – na qual, através de recados, o professor estabelece interlocução não codificada com o aluno, discutindo problemas de diferentes níveis e, por vezes, apresentando solução ou sugestão para a tarefa de re-escrita do mesmo.
Não basta ensinarmos os modelos sem que os alunos e nós mesmos possamos praticá-los em diferentes situações sócio- comunicativas e por meio do aprendizado do uso, pela prática da escrita e reescrita de textos numa dinâmica que inclui dois movimentos básicos de retomada de práticas já conhecidas e expansão para outros usos da escrita.

OFICINA TEMÁTICA Nº 8 UNIDADE 21 /TP 6

UNIDADE 21 /TP 6
TEMA: ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM
DATA: 27/08/2009
OBJETIVOS ...OU MELHOR DEFININDI NOSSO PONTO DE CHEGADA:
1- Identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos;
2- Identificar e analisar diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;
3- Reconhecer a qualidade da argumentação textual.
TEXTO DA EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Já vimos na unidade sobre tipos textuais, a propósito do tipo argumentativo,que, ao considerarmos a linguagem como uma forma de trabalho cultural, estamos considerando que toda manifestação lingüística é também basicamente argumentativa.
Ou seja: sempre que utilizamos a linguagem, estaremos implicitamente alterando – ou querendo alterar – as crenças dos interlocutores, implicitamente querendo convencê-los de nossas idéias.
Os códigos chamados línguas são compostos por signos lingüísticos, que, em um sentido mais geral, são elementos de natureza lingüística usados para designar outros elementos de natureza não lingüística. Assim, o signo lingüístico é resultado da relação indissociável entre significante (lingüístico, imagem acústica) e significado (conceito, idéia).
A tese constitui a idéia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor/ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte.
Os argumentos são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese.
Argumentos baseados no senso comum, ou no consenso, são verdades aceitas culturalmente, sem necessidade de comprovação.
Uma boa argumentação depende, primeiramente, da clareza do objetivo (da tese a comprovar); e depois, da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.

Como argumentar é firmar uma posição diante de um problema, um compromisso com a informação e o conhecimento, não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes.
CONCLUINDO ALGUMAS BASES DAS IDÉIAS EM QUESTÃO:
Ao mobilizar argumentos para sustentar uma tese, ao apresentar que idéia pretende fazer crer aos outros, o autor depende de seus pontos de vista, de seu conhecimento sobre o assunto e dos argumentos que julga mais eficazes para atingir o raciocínio e a vontade de seu interlocutor. Com tantos fatores em jogo, uma argumentação pode não ser bem-sucedida. Assim, a cada argumento bem construído pode corresponder um argumento mal construído; o que resulta em defeitos de argumentação.
É difícil falar em defeitos de argumentação em sentido muito genérico, porque um defeito de argumentação está sempre relacionado às finalidades do texto. Por isso, a organização dos sentidos globais do texto precisa ser levada em consideração. Contradições em um texto podem servir de argumentos positivos em outro.

Uma argumentação é considerada inadequada ou defeituosa quando não dá condições para que os objetivos sejam atingidos. Há várias razões para isso acontecer: podem ser razões ligadas à incompreensão, ou não-aceitação, do interlocutor; podem ser razões ligadas ao desenvolvimento do texto, ou mesmo razões relacionadas à não-correspondência entre os argumentos e o “mundo real”.

Em suma, encontramos, na escolha dos argumentos, vários níveis de adequação e vários níveis de inadequação quanto à demonstração da tese pretendida: os sentidos globais do texto e o objetivo da argumentação é que definem sua qualidade.
Obras de ampliação do campus da UPE em Petrolina já começaram
No último dia 18/09/09, a Universidade de Pernambuco (UPE) fez o lançamento do início das obras de ampliação do campus da instituição no município de Petrolina. A obra será constituída de 2 blocos com 48 salas de aula.

A abertura do lançamento do início das obras contou com a apresentação de um quadro vivo dos alunos do 2o ano do ensino médio da Escola de Aplicação Profa. Vande de Souza Ferreira, que teve como tema: “A história do cinema – a imagem e o som”
Na ocasião falaram sobre a importância da ampliação do campus a diretora da unidade, Profa. Socorro Ribeiro, o Magnífico Reitor da UPE, Prof. Carlos Calado, o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, a deputada estadual Izabel Cristina, o deputado federal Gonzaga Patriota, o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE), Divonaldo Barbosa, o presidente do Sindicato dos Servidores da UPE (Sindupe), Flávio Bastos, a professora Maria Aparecida Brandão, que fez a leitura de uma Carta Aberta da Assembléia Geral dos Professores da unidade, e, para encerrar, a Secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado (Sectma), Luciana Santos, que representou o excelentíssimo governador Eduardo Campos no evento,
Estiveram, ainda, presentes no evento o Vice-Reitor da UPE, Prof. Reginaldo Inosoja, o Pró-Reitor de Extensão e Cultura da UPE (Proec), Prof. Alvaro Vieira de Mello, a Pró-Reitora de Graduação (Prograd), Profa. Izabel Avelar, a Coordenadora de Planejamento da Pró-Reitoria de Planejamento da UPE (Proplan), Lígia Oliveira, a vice-diretora do campus de Petrolina, Profa. Leilyane Coelho, o coordenador da Transposição e Revitalização do Rio São Francisco, Odacy Amorim, o chefe do estado maior geral da Polícia Militar do Estado, Cel. Tavares Lira, o comandante do 4o agrupamento de Bombeiros, Ten. Cel. Luiz Cláudio Santana Pimentel, o presidente do DA Antonio Conselheiro, Marcos Vinicios, representando os coordenadores de curso da unidade, o Prof. Carlos Romeiro, a coordenadora de Planejamento da UPE em Petrolina, Profa. Maria Cristina Diniz, representando os funcionários da unidade, Norileide Oliveira da Silva, a gestora da Gerência Regional de Educação em Petrolina, Anete Ferraz, além da comunidade acadêmica da unidade.
A previsão de entrega das novas novas dependências é para junho de 2010.