terça-feira, 21 de julho de 2009

TODOS DE OLHO NO GESTAR II

OFICINA LIVRE DO GESTAR II ATRAI TODA A REDE DE PROFESSORES NA ABERTURA DO 2º SEMESTREE LETIVO EM PETROLINA
No dia seis de julho o auditório da Universidade de Pernambuco, Campus III, localizado em Petrolina, com capacidade para 900 pessoas, foi palco de mais uma oficina livre do Gestar II, marcando, assim, a abertura oficial do 2º semestre letivo. O referido espaço ficou lotado por professores das diversas áreas de ensino da Rede Pública Estadual de Petrolina.
O evento abordou o tema Planejamento e avaliação a partir de uma visão interdisciplinar do processo ensino/aprendizagem, trazendo como objetivo refletir sobre as concepções de planejamento e avaliação numa abordagem interdisciplinar. A metodologia utilizada proporcionou a participação e a interação do grupo através do debate e das intervenções oportunizadas pelos formadores.
Assim sendo, ao proporcionarmos essa Oficina Livre construímos um link com os demais componentes curriculares. Partindo do ensino da língua posto pelo Gestar II, socializamos as experiências vivenciadas pelo Programa imprimindo, por meio desse, palestras interdisciplinares, ou seja, apoiados nos TPs , dinamizamos temáticas que se alinharam à malha de disciplinas vivenciadas na Rede, em consonância com a Base Curricular Comum do Estado de Pernambuco.
A oficina foi organizada em dois turnos: manhã das 08 às 12hs e tarde,das 14 às 18hs, atendendo, assim, a dois públicos participantes distintos. No total, cerca de um mil e seiscentos professores/as participaram ativamente das oficinas e avaliaram positivamente o Programa, sugerindo que o mesmo possa ser extensivo ao Ensino Médio e aos demais componentes curriculares.
Assim posto, o Gestar II nos coloca diante de mais um desafio: abrir novos cenários de atuação do mesmo na diversidade da dinâmica pedagógica em seu amplo mosaico e nas políticas de ensino. Só assim abriremos caminhos mais eficazes pela efetivação do conhecimento na marcha da história.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O GESTAR DE PETROLINA ABRE AS PORTAS DO SEGUNDO SEMESTRE LETIVO - RELATÓRIO DO ENCONTRO

"(...)todas as nossas produções, quer orais, quer escritas, se baseiam em formas-padrão relativamente estáveis de estruturação de um todo a que denominamos gêneros (...)" (BAKHTIN)
Com o tema PRODUÇÃO TEXTUAL - A COESÃO E A COERÊNCIA, propsto pelo TP 5, reiniciamos a jornada de enconttros do GESTAR II em Petrolinanos dias 06 e 07 de julho de 2009. Mesmo, com a deflagração da geve dos trabalhadores em educação, os cursistas optaram por permanecerem nesse primeiro encontro. Apesar da instabilidade do momento, o estudo foi bem aproveitado pelos cursistas. Isso demanda e comprova o nível de contentamento, entusiasmo e credibilidade gerado pelo Programa. Um cursista avaliou da seguinte forma "minha prática de sala de aula, hoje é outra. Sinto-me mais segura no que estou fazendo".
Esse primeiro encontro do semestre teve como propoósitos, identificar relações lógicas de temporalidade e de identidade na construçãao de sentidos do texto; analisar efeitos de sentido decorrentes da negação; analisar relações lógicas de construção de significados implícitos na leitura e na produção de textos. Para tanto, esses propósitos foram sistematizados em três momentos:
1. OFICINA DE TEXTO;
2.EXPOSIÇÃO TEÓRICA DIALOGADA;
3.OPERACIONALIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA.
Em relação a avaliação do encontro, os cursistas avaliaram de forma positiva, chegando mesmo a dizerem que sempre fica o "gostinho de quero mais".

terça-feira, 7 de julho de 2009



Conselho Nacional de Educação aprova reforma curricular do ensino médio

Publicado em 30.06.2009, às 19h17


O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta terça-feira (30) a proposta de reforma curricular e organizacional do ensino médio que foi apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) em maio. O projeto chamado ensino médio inovador irá apoiar iniciativas das secretarias estaduais de educação para melhorar a qualidade do ensino oferecido e tornar a etapa mais atraente.

Segundo o conselheiro Mozart Neves Ramos, o CNE recebeu várias sugestões de entidades da sociedade civil que foram incorporadas ao projeto. O texto final deve ser divulgado até o fim da semana.

Os principais pontos da proposta apresentada pelo MEC não foram alterados. Entre eles está o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e uma reforma organizacional do currículo. O atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, será dividido em quatro eixos mais amplos (trabalho, ciência, tecnologia e cultura) para incentivar a interdisciplinariedade.

É importante agora implementar corretamente a proposta e trabalhar principalmente a formação do professor. É preciso que a universidade compreenda qual é a proposta e formar os professores para esse modelo, apontou Neves.

Hoje durante a tarde o CNE se reuniu com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) justamente para discutir a questão da formação.

Outra mudança proposta pelo ministério é que os alunos tenham no mínimo 20% de disciplinas optativas dentro do currículo. Todas essas mudanças têm por objetivo tornar a escola mais atraente para o jovem. Pesquisas apontam que o atual modelo é considerado desinteressante, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, cabe escola corresponder s expectativas do aluno e não o contrário. Segundo ele, o orçamento de 2010 destinará de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões para a proposta. A partir do momento que nós superamos o gargalo do vestibular tradicional [com a criação do novo Enem], destravamos um processo de diversificação do ensino médio que já ocorre em vários estados, avaliou.

As secretarias de educação deverão responder a um edital que será divulgado pelo MEC para inscrever propostas inovadoras que serão potencializadas com apoio federal, disse o ministro. A ideia, segundo Haddad, é que essas experiências sejam disseminadas na rede. Inicialmente, o MEC vai financiar a implantação de projetos em 100 escolas.
Fonte: AE

domingo, 5 de julho de 2009

O Nome da Rosa (Umberto Eco)


Aninha e suas pedras


Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.

Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Cora Coralina (Outubro, 1981)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

POR QUE NOSSOS ALUNOS CANTAM? POR QUE CANTAMOS?





Por Mário Benedetti: Por que Cantamos

















Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares e a vida é nada mais que um alvo móvel

você perguntará por que cantamos

se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza e o coração do homem se fez cacos antes mesmo de explodir a vergonha

você perguntará por que cantamos

se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram as árvores e o céu
se cada noite é sempre alguma ausência e cada despertar um desencontro

você perguntará por que cantamos

cantamos porque o rio esta soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino

cantamos pela infância e porque tudo e porque algum futuro e porque o povo cantamos porque os sobreviventes e nossos mortos querem que cantemos

cantamos porque o grito só não basta e já não basta o pranto nem a raiva
cantamos porque cremos nessa gente e porque venceremos a derrota

cantamos porque o sol nos reconhece e porque o campo cheira a primavera e porque nesse talo e lá no fruto cada pergunta tem a sua resposta

cantamos porque chove sobre o sulco e somos militantes desta vida e porque não podemos nem queremos deixar que a canção se torne cinzas.

Antologia Poética – Mário Benedetti – “só quando transgrido alguma ordem o futuro se torna respirável”.Editora RecordDigitação Camila Ferreira

PETROLINA REALIZA CONFERÊNCIA INTERMUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


Petrolina será palco da Primeira Conferência Intermunicipal de Educação nos dias 20, 21 e 22 de agosto do ano em curso. A conferência será realizada por Petrolina em conjunto com as cidades de Dormentes e Afrânio, trazendo como tema: CONSTRUINDO O SISTEMA NACIONAL ARTICULADO DE EDUCAÇÃO: O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS DE AÇÃO, que será debatido a partir da composição de seis eixos temáticos. São eles:
1. O PAPEL DO ESTADO NA GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE ORGANIZAÇÃO E REGULAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL;
2.QUALIDADE DA EDUCÇÃO. GESTÃO DEMOCRÁTICA E AVALIAÇÃO.
3.DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO. PERMANÊNCIA E SUCESSO ESCOLAR.
4.FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO.
5.FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO E CONTROLE SOCIAL.
6.JUSTIÇA SOCIL. EDUCAÇÃO E TRABALHO: INLUSÃO.DIVERSIDADE E IGUALDADE.
A conferêrencia significa um grande avanço rumo a afirmação de políticas públicas centradas na construção de um Sistema Nacional de Educação, que terá como princípios básicos à garantia da qualidade e do direito à educação, guiados pela promoção da inclusão, da democratização da gestão e do direito pleno do cidadão em relação ao acesso e à produção dos conhecimentos que socialmente vão sendo promovidos pela humanidade. A participação dos diversos segmentos sociais legitimarão os principios de um estado firmado no direito democrático - causa abraçada pela sociedade civil organizada e sua trajetória de lutas favoráveis à construção do processo hegemônico das camadas populares.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

INDO À ESCOLA: RELATO DE VISITA I


Dia 16.06.09-a cidade ainda dormia quando botei o pé na estrada. O carro cortava as veredas desse nosso sertão empoeirado. O sol ensaiava seus primeiros raios e lá estávamos riscando o chão e a rodovia que dá acesso às escolas que assumiram pra valer o Gestar. Destino: Santa Maria da Boa Vista - cidade ribeirinha localizada a aproximadamente 120 Km de Petrolina.
Às sete horas aportamos na escola. Os alunos começavam a chegar. O professores também. Foi uma visita ao sabor da surpresa. A surpresa do encontro e a surpresa do que lá foi encontrado: alunos felizes com a "escola deste ano". Assim, alguns expressaram seus sentimentos em relação ao Gestar. Falaram sobre as produções dos fantoches e de outras atividades que com certeza já estão fazendo a diferença na sala de aula.
A conversa com os professores também foi animadora. As dificuldades ainda persistem, principalmente em relação a falta do material do Gestar que poderia ser disponibilizado aos alunos (AAA - Atividades de Apoio À Aprendizagem).
No tocante ao programa como um todo só me deparei com elogios e boas perspectivas.
Vamos continuar... muitoa ainda temos a conquistar... mas com Gestar a escola só tem a ganhar!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

ASSIM ME RECONHEÇO...

NA POÉTICA DE LIA LUFT
Apesar de todos os medos,
escolho a ousadia.
apesar dos ferros,
construo a dura liberdade.
prefiro a loucura à realidade,
e um par de asas tortas aos limites
da compreensão e da segurança.
eu sou assim
pelo menos assim quero fazer:
a que explode o ponto e arqueia a linha,
e traça o contorno que ela mesma
há de romper.
a máscara do alerquim
não serve para o proteger
quando espreita a vida,
mas concede-lhe o espaço de reinventar.
Desculpem , mas preciso lhes dizer:
Eu quero o delírio.
Postado por: Aparecida Brandão
Relatório parcial das atividades realizadas no Gestar II período compreendido entre fevereiro a junho do ano de 2009 na cidade de Petrolina-PE
A construção de um relatório por mais técnica que pareça vai sempre contribuir para manter viva a memória: essa gráfica em permanente movimento do tempo.
Aparecida Brandão in Literatura e Educação (2004)

FORMADOR: MARIA APARECIDA VENTURA BRANDÃO – MATRÍCULA: 113 144 -3
MUNICÍPIO: PETROLINA-PE
APRESENTAÇÃO
Este relatório traz como objetivo apresentar a trajetória percorrida pelo Gestar II, no período de fevereiro a junho de 2009.Assim sendo,para uma melhor compreensão das etapas vivenciadas no Programa, em Petrolina, este instrumento foi organizado em 5 (cinco)cenários. O cenário 1, faz um relato sobre as oficinas-encontros realizados, trazendo para superfície questões como: objetivos, as dinâmicas realizadas em grupo, pontos de chegada, atividades do Para Casa e metodologias adotadas. O cenário 2 traz a listagem e a descrição do material utilizado. O cenário 3, tece uma avaliação sobre o local de realização do curso; o cenário 4 traz uma avaliação geral do programa até aqui desenvolvido.O cenário 5, traz um quadro demonstrativo dos professores cursistas, apresentando dados referenciais sobre os mesmos;

CENÁRIO 1 – RELATO DAS ATIVIDADES VIVENCIADAS
O mês de fevereiro representa o marco das atividades contempladas no Programa Gestar II. O primeiro encontro realizado no Centro de Convenções de Petrolina, dia 19 de fevereiro de 2009, abarcou a totalidade dos professores, gestores de escolas e Educadores de Apoio que seriam envolvidos no programa. Esse momento foi de extrema importância por se distinguir como o seminário de abertura, socialização e apresentação do programa dos objetivos, formato, estrutura, cronograma de estudos, divulgação do local, demonstração do kit, dos professores formadores, gerando, assim, significativas expectativas no público presente que participou do debate que se seguiu.
ENCONTRO 1 – TP 3
Instalado o programa, a primeira oficina temática foi realizada no dia 05 de março do ano em curso, no CES –João Barracão ( Centro de Estudos Supletivos)e teve como tema: Gêneros e Tipos Textuais. No intervalo de tempo compreendido entre o seminário de abertura e a primeira oficina, foram realizados vários encontros entre os formadores para planejamento das ações previstas. O tema, acima mencionado, está contemplado no TP 3 (Unidades 9 e 10) o objetivo dessa oficina sinalizou os seguintes pontos de chegada:
1. Identificar as diferenças e semelhanças na organização dos textos utilizados em diversos contextos de uso lingüístico;
2. Relacionar gêneros textuais e competência sociocomunicativa;
3. Identificar características que levam à classificação de um gênero textual.
4. Distinguir as características de gênero literário e de gênero não-literário;
5. Caracterizar gênero poético, de acordo com a função estética da linguagem;
6. Caracterizar uma das formas de realização do gênero poético: o cordel.
PASSOS TRILHADOS: A METODOLOGIA DO ESTUDO
· Apresentação do kit, de seu formato e orientação detalhada de como utilizá-lo;
· Mobilização: a partir do conto A moça tecelã de Marina Colassanti, foi realizada a dinâmica do barbante. Essas dinâmica proporcionou o entrosamento da turma, bem como, o levantamento das marcas profissionais impressas na vida do cursista.
· Levantamento dos conhecimentos prévios do cursista acerca dos gêneros textuais. Os grupos receberam como material de apoio o envelope da linguagem constando de diversificados textos. A atividade solicitada foi que eles organizassem os textos do envelope a partir da sequencia tipológica ou gêneros textuais. Essa atividade marcou o início de nossa conversa sobre gêneros textuais. Procedida a organização, os grupos socializaram a a organização do material segundo proposição feit.
· Leitura comentada do texto: Gêneros textuais: definição e funcionalidade de Marcuschi.
PARA CASA:
· Aplicação das atividades do Avançando Na Prática das unidades 9 e 10.
Essa oficina foi avaliada pelos cursistas como muito proveitosa. As atividades vivenciadas foram desenvolvidas com dinamismo e envolvimento de todos, tanto nas situações práticas, como nas teóricas. Nesse sentido vale ressaltar que a teoria foi sistematizada a partir de metodologia de natureza dialogada – expositiva – metodologia utilizada nos demais encontros.

ENCONTRO 2 – TP 3 – UNIDADES 11 E 12
Tendo como tema GENEROS TEXTUAIS E SEQUENCIAS TIPOLÓGICAS, essa oficina foi realizada na Escola Eduardo Coelho. Vale esclarecer que ocorreu uma mudança do local para duas das turmas do programa por falta de espaço físico suficiente para comportar todas as turmas na Escola mencionada na primeira oficina.
Essa segunda oficina ocorreu no dia 19 de março de 2009, tendo seus objetivos ancorados nos seguintes pontos de chegada:
Esperamos que depois de refletirmos juntos a respeito dos conceitos fundamentais de tipo e gênero, e de você realizar as atividades propostas para esta unidade, seja possível:
1- Caracterizar seqüências tipológicas narrativas e descritivas;
2- Caracterizar seqüências tipológicas injuntivas e preditivas;
3- Caracterizar seqüências tipológicas expositivas e argumentativas como dois aspectos do tipo dissertativo.
4- Relacionar seqüências tipológicas à classificação de gêneros;
5- Analisar seqüências tipológicas em gêneros textuais;
6- Reconhecer a transposição de um formato de gênero textual para outro.
PASSOS TRILHADOS: A METODOLOGIA DO ESTUDO
— Leitura do texto de Rubens Alves, intitulado “Gaiolas e Asas”, realizando a reflexão sobre o mesmo.
— Dinâmica – Construindo sequências tipológicas a partir da leitura de imagem.
— NO ÂMBITO TEÓRICO: Exposição dialogada sobre Sequências Tipológicas- aprofundando o conhecimento

— Construção de sequencias tipológicas a partir da leitura de imagens;

— Análise das sugestões do Avançando na Prática das Unidades 11 e 12.

PARA CASA:
— Aplicar uma das atividades do Avançando na Prática das Unidades 11 e 12
Após a vivencia das etapas previstas (exposição dialogada, atividades práticas) houve o relato das experiências do para Casa, operacionalizadas na escola pelos os cursistas. Esse momento tem sido avaliado como ponto de grande relevância, pois possibilita muitas trocas de experiências entre o grupo – é um momento de ajuda mútua entre os participantes.

ENCONTRO 3 – TP 4
A terceira oficina trouxe como tema Letramento e Cultura. Realizada no dia 16 de abril, na Escola Eduardo Coelho, essa oficina teve como propósito os seguintes pontos de chegada:
1. Refletir sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do cotidiano;
2. Relacionar o letramento com as práticas de cultura local;
3. Produzir atividades de preparação da escrita, considerando a cultura local, a regional e a nacional.

PASSOS TRILHADOS: A METODOLOGIA DO ESTUDO

— Orientação para produção do portfólio – formato, objetivos, importância.
— Leitura comentada e debatida das páginas 13,14 e 15 do TP 4 – A leitura do texto de abertura do TP “LEITURA, ESCRITA E CULTURA” provocou um debate bastante“fértil “entre os cursistas por tratar de um tema de ponta na discussão entre os professores: a leitura.
— oficina do TP4 – Páginas 48 e 49. Essa oficina foi ancorada nas seguintes proposições:
1. quais são os gêneros textuais
2. qual a relação entre textos
3. como você poderá utilizar esses textos na sala de aula
4. descreva a importância dos recursos e dos procedimentos utilizados por você em sala de aula – faça uma leitura de sua funcionalidade em sua prática docente.
— Exposição dialogada acerca da cultura, valores culturais, professor monocultural, multiculturalismo, cultura e letramento.
— Socialização das atividades realizadas na escola.


ENCONTRO 4 – TP 4 – UNIDADES 14 e15
A quarta oficina foi desenvolvida a partir do tema Leitura e Processo de Escrita e foi realizada no dia 30 de abril, vislumbrando os seguintes pontos de chegada:
1- reconhecer texto e leitor como criadores de significados;
2- relacionar objetivos com diferentes textos e significados de leitura;
3- conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio na leitura.
4- conhecer as várias funções e formas das perguntas, na ajuda à leitura do aluno;
5- utilizar procedimentos que levem à determinação da estrutura do texto;
6- utilizar procedimentos adequados para atingir o objetivo de ler para aprender.
Essa oficina percorreu os caminhos metodológicos sugeridos pelo TP, ou seja, a realização de leitura reflexiva e compartilhada de textos, a exposição dialogadas do conteúdo, a dinamização de oficinas e o relato das atividades vivenciadas na escola, culminando com uma avaliação escrita geral sobre o Gestar. Para tanto, descrevemos o percurso metodológico de forma mais detalhada.
PASSOS TRILHADOS: A METODOLOGIA DO ESTUDO

— Exposição dialogada do tema – Abordagens:
Leitura objetiva
Leitura inferencial
Leitura avaliativa
— Leitura e discussão do texto: Por que meu aluno não l
— Produção em grupo de enunciados sobre as três abordagens de leitura estudas.
— Socialização e relato de experiências vivenciads na escola.


ENCONTRO 5
A quinta oficina foi realizada no dia 21 de maio. Essa oficina concebida como “oficina livre”, teve como propósitos a avaliação parcial do programa, o relato de atividades e a otimização da produção dor portfólios, com a apresentação de algumas produções, bem como a orientação da elaboração do projeto.

ENCONTRO 6 – TP 5 – ESTILO, COERÊNCIA, E COESÃO
A sexta oficina foi realizada no dia 5 de junho, desenvolvendo o tema Estilística . Os pontos de chegada percorreram os seguintes caminhos:
— 1- compreender a noção de estilo no domínio da linguagem e o objetivo da Estilística;
— 2- reconhecer alguns recursos expressivos ligados ao som e à palavra;
— 3- relacionar os discursos direto, indireto e indireto livre a alguns recursos expressivos da frase e da enunciação.
PASSOS TRILHADOS: A METODOLOGIA DO ESTUDO
— Leitura compartilhada e dialogada do texto Estilística das páginas 13 e 14.
— Realização de dinâmicas de grupo das páginas 15,16 e 17 – A noção do estilo e o objetivo da estilística.
— Realização da dinâmica No trem com Manuel Bandeira.
— Anúncio de uma pequena pausa em nossos encontros. Nesse momento houve uma proveitosa troca de relatos e avaliação do Gestar II. Foram, então, sinalizados os seguintes PONTOS POSITIVOS:

Proporção de uma prática dinâmica;
Riqueza de material;
Fundamentação e aprofundamento para o professor;
Inovação no fazer de sala de aula;
Troca de experiências e interação entre as escolas envolvidas;
Proporcionou a reflexão;
Rompeu com a linearidade dos conteúdos;
Modificação na forma de planejar.

PONTOS NEGATIVOS
Pouco tempo de realização;
Dificuldade de alinhamento entre a BCC E as OTMs;
Poucas turmas contempladas;
Falta do kit para o aluno.


Para essa oficina foram adotados os procedimentos metodológicos adotados na oficina quatro, sendo que ao final do encontro os cursistas responderam a um instrumento de autoavaliação.

CENÁRIO 2
MATERIAL UTILIZADO
Para a operacionalização do Gestar II foram utilizados até o momento de elaboração desse relatório os TPs ( cadernos de Teoria e Prática)3, 4 e 5, bem como os AAAs (cadernos de Atividades de Apoio À Aprendizagem) 3, 4, e 5.
Como textos de mobilização foram trabalhados o conto A moça tecelã de Marina Colassanti e Gaiolas e Asas de Rubem Alves.
Para realização das dinâmicas de grupo foram utilizados envelopes com atividades de linguagem, confeccionado pelos formadores, papel madeira, pincéis, papel ofício, not book, datashow.

CENÁRIO 3
AVALIANDO O ESPAÇO
O espaço de realização do GESTAR II apresenta alguns problemas comuns já experimentados pelos cursistas, ou seja, como vivemos numa região de clima muito quente, as salas necessitam de equipamentos de climatização. São salas quentes e com poucos recursos de ventilação. Contudo, isso não tem demandado em insatisfação nem em desânimo para os cursistas – esses abraçaram o Gestar II com vontade de brindar o sucesso do curso e da aprendizagem dos (as) alunos(as).

CENÁRIO 4
AVALIAÇÃO PROGRAMA – LEITURAS POSSIVEIS:
Até o momento presente foram realizadas com os cursistas cinco oficinas temáticas e uma oficina livre. A partir da avaliação dos cursistas, podemos sentir o entusiasmo que os move. São professores que buscam melhorar suas práticas pedagógicas através da formação em serviço. Isso sinaliza que investir em programas dessa natureza talvez possa trazer os bons resultados e o sucesso do aluno que vimos vislumbrando há muito tempo.
Os meus cursistas têm demonstrado através da recepção e das posturas assumidas nos encontros um perfil de confiança no Gestar II. São dinâmicos e solidários às dificuldades do colega, colocando sempre suas experiências em função de uma construção coletiva e da ajuda mútua. Isso caracteriza nossos propósito de erguermos um projeto pautado na cooperação, no ajuste do coletivo e no de esforço empreendido por todos para obtenção de educação de qualidade.
No geral demonstram que gostam de ler e a maioria tem nível da Especialização. Todos têm acesso a internet e na escola ou em casa. A maioria tem filhos, marido ou esposa. Quanto a jornada de trabalho, a maioria, também, tem mais de um vínculo empregatício, trabalhando em dois ou três turnos na educação, o que equivale dizer que trabalham em média com oito turmas, contudo, segundo os relatos feitos, sempre conseguem conciliar trabalho, família, tempo de estudo, religião e lazer.
No sentido dos equipamentos utilizados, podemos apontar alguns entraves: falta de datashow (temos empreendido uma verdadeira corrida em busca desse equipamento). Sua aquisição tem sido a título de empréstimo ou locação.

CENÁRIO 5
RELAÇÃO NOMINAL DOS PROFESSORES CURSISTAS DO GESTAR II E DADOS REFENCIAIS DOS MESMOS

PROFESSOR
MAT.
ESCOLA
LOCALIZAÇÃO
E-MAIL

01
Alexsandra Gomes de Lima
262.414-1
Escola:Francisco Xavier dos Santos
Petrolina


02
Ana Isabel Neta
262.407-9
Escola Pe. Manoel de Paiva Neto
Petrolina


03
Ana Maria dos Santos
252.362-9
Escola Edson Nolasco
Petrolina

04
Antonio Marcos E. Santos

05
Daniele Santana da Silva


06
Edelmize Rodrigues B. de Brito
255.473-9
Escola Francisco Xavier dos Santos
Petrolina


07
Edileusa Mª dos Santos Vieira
122.881-1
Escola Profa Judith Gomes de Barros
Santa Maria da Boa Vista


08
Edivaldo Gil de Brito
190.609-7
Escola Edson Nolasco
Petrolina


09
Ervaides Icelda R. da Rocha
132.259-1
Escola Profa. Judith Gomes de Barros
santa Maria da Boa Vista


10
Evandite do E. Souza
145.617-2
Escola M. N. 06
Petrolina - Projeto de Irrigação


11
Francinete Alves Correia
270.674-1
Escola Profa. Judith Gomes de Barros
Petrolina

12
Francisca de A. R. Souza
Escola de Aplicação Prof. Vande de Souza Ferreira
164.602-8
Petrolina

13
Francisco Gomes Mourão
261.008-6
escola João Batista dos Santos
Petrolina


14
Leila Kaline Silva de Souza
257.125-0
Escola N.M.11
Projeto de Irrigação

15
Leonice Dias Moreira
262.963-1
Escola Antônio Amorim Coelho
Lagoa Grande


16
Lêuda Fernandes Ferreira
272.118-0
EscolaN. M. 06
Projeto de Irrigação


17
Mª Bernadete Alencar Ventura
114.247-0
Escola Profa. Judith Gomes de Barros
Santa Maria da Boa Vista


18
Mª de Lourdes Souza Nunes Silva
252.256-0
Escola Profa. Judith Gomes de Barros
Santa Maria da Boa Vista


19
Mª Luciene dos Santos Pereira
257.127-7
Escola Pe. Manoel de Paiva Neto
Petrolina


20
Maria Aparecida de S. Silva
178.599-0
Escola Antônio Amorim Coelho
Lagoa Grande


21
Maria Aparecida R. Pereira
116.974-2
Escola Pe. Manoel de Paiva Neto
Petrolina

22
Maria da Paz Vasconcelos Freitas
109.373-8
Escola N.M.11
Projeto de Irrigação


23
Maria das Dores Ferreira da Luz
155.257-0
Escola N.M.11
Projeto de Irrigação


24
Maria de Fátima Campelo B. Sá
110.357-1
Escola N. M. 11
Projeto de Irrigação

25
Maria de Fátima de Sá Menezes Silva
159.422-2
Escola Antônio de Amorim Coelho
Lagoa Grande


26
Maria do Socorrode Lacerda B.Granja
GRE - Petrolina

27
Maria do Socorro Pereira Mendes
154.785-2
Escola Antonio de Amorim Coelho
Lagoa Grande


28
Maria Gorete da Silva Santana
161.009-0
Escola Pe. Manoel de Piva Neto
Petrolina


29
Maria Rita Rodrigues L. Madeiro
251.236-0
Escola Antônio de Amorim Coelho
Lagoa Grande


30
Marineve Freire de Lima
190.196-6
Escola Antonio de Amorim Coelho
Lagoa Grande

31
Mary Rodrigues da Silva
176.419-5
Escola Pe. Manoel de Paiva Neto
Petrolina



32
Nivalda Rodrigues de Lima


33
Núbia Nara de Souza Santana
262.287-4
Escola João Batista dos Santos
Petrolina


34
Núbia Novaes Menezes
191.282-8
Escola N. M. 06
Projeto de Irrigação


35
Paulo Roberio R. Mungos
236.786-5
Escola Pe. Manoel de Paiva Neto
Petrolina


36
Perla Terciane L. Moriel
262.289-0
Escola Pe. Manoel de Paiva Neto
Petrolina


37
Rejane Maria da Conceição
259.504-4
Escola Profa. Judith Gomes de Barros
Santa Maria da Boa Vista


38
Rosimere Alves de O. Basílio
173.384-2
Escola Francisco Xavier dos Santos
Petrolina


39
Sergio Ricardo Gonçalves Nogueira
174.402-0
Escola Francisco Xavier dos Santos
Petrolina



Tânia Maria Rabelo
190.3985
Escola N.M.6
Projeto de Irrigação


Petrolina, fevereiro, março, abril, maio e junho de 2009.
MARIA APARECIDA VENTURA BRANDÃO
FORMADORA

segunda-feira, 8 de junho de 2009

NO TREM COM MANUEL BANDEIRA

Na última oficina realizada, os professores cursistas da Professora Aparecida Brandão, construindo um diálogo com o poema Trem de ferro de Manuel Bandeira, produziram um significativo intertexto. A partir dessa construção coletiva, podemos nos certificar dos sabores provocados pelo GESTAR II em nossos professores. VEJAM SÓ:
Os professores de Pernanmbuco
buco,buco,buco,
com compromisso a serviço
do gestar
estar,estar,estar,
vão melhorar,
orar,orar,orar
o nosso ensino
sino,sino,sino
vai ficar
bem,bem,bem
como os sinos de Belém,
amém,amém,amém!

Dá pra sentir o sabor ... dá pra acreditar... O GESTAR TÁ BOMBANDO EM PETROLINA.
Postagem: Aparecida Brandão

GESTAR II - UMA EXPERIÊNCIA EM MOVIMENTO

O Gestar II foi aportou em Petrolina - cidade ribeirinha do Vale do São Franisco- no ano de 2009, trazendo na bagagem grandes expectativas para o nosso professor. A partir de seu registro de nascimento, senti e li em cada semblante e na postura dos professores cursitas a vontade de fazer a diferença no cenário de nossa educação.
Logo no início da caminhada já dava para arriscar um VAI VALER A PENA porque o NOVO, guiado pelo Programa, tornou-se a vitrine da sala de aula. Assim sendo, a cada encontro, os relatos iam crescendo, e, hoje temos um volume grandioso de experiências vividas e compartilhadas.
Com efeito, os resultados esperados na primeira unidade, segundo nossos cursistas, já sinalizaram melhoria no índice de aprovação de nossos alunos. Estamos no caminho, cuidando dessa terra com mãos de quem QUER colher.
Aparecida Brandão

domingo, 22 de março de 2009

VI COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

NO CAMINHO DA LEITURA: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DO LEITOR NA CONSTRUÇÃO DE SEU PROCESSO EMANCIPATÓRIO

AUTOR: MARIA APARECIDA VENTURA BRANDÃO
Mestre em Educação pela Universidade federal do Espírito Santo – UFES, Docente da Universidade de Pernambuco – UPE – Educadora de Apoio da Escola Eduardo Coelho –Rede Estadual de Ensino de Pernambuco.

Os leitores são viajantes: eles circulam sobre as terras de outrem, caçam furtivamente, como nômades através dos campos que não escreveram.
(Michel de Certeau)

Este trabalho inscreve-se no mundo da produção de leitores e leituras, trazendo possibilidades para nossas reflexões acerca do ato de ler como uma prática emancipatória e consequentemente como um fenômeno social permeado pela ativa inserção do sujeito leitor no mundo.

Com efeito, trazemos como âncora para essas abordagens, o pensamento de Paulo Freire – um educador comprometido com a construção do mundo pela palavra: a força, o verbo e o motor da história da humanidade. Assim sendo, em sua extensa produção, Freire vai centrar seu pensamento na relevância do ato de ler como um processo de emancipação, participação e inserção dos seres humanos no mundo. Segundo o pensador, a leitura do mundo ao preceder a leitura da palavra alcança um nível de significados insuperável, tornando-se, assim, o tônico que dará força ao sujeito para agir no mundo na perspectiva de sua transformação. É essa precedência que vai impulsionar de forma significativa a construção efetiva do código escrito porque parte sempre da experiência existencial do sujeito em comunhão com o mundo que o cerca, cheio de novidades a cada novo dia – o mundo que o mobiliza e que precisa ser assumido por esse sujeito que adquire em sua completude a condição de autor de seu processo, de sua dinâmica social, de sua história e de sua transformação.

Sendo assim, a leitura para Freire assume em sua obra uma particularidade especial porque é fruto uma experiência por ele vivenciada em alguns momentos de sua escolarização, onde nem sempre a leitura da palavra foi originada na palavra de mundo. Esse foi, talvez, um dos eixos que mobilizaram suas idéias e preocupações acerca da apropriação da leitura pelo sujeito, ou mesmo o motor de toda uma pedagogia assentada na leitura com implicações na construção de práticas sociais libertadoras.

No âmbito do cenário brasileiro, essas implicações resultaram na formação de um sujeito leitor que viveu a mercê de uma dívida social extensa e que lhe deixou como herança um campo de visão conformista , uma expressiva docilidade na manutenção da ordem vigente, reproduzida por uma escola, que, aparelhada pelo estado, continua não atentando para as armadilhas tecidas no seio de uma minoria dominante, alicerçada pela idéia de ordem como silêncio dos menos favorecidos, de alfabetização como decodificação mecânica e de progresso como acumulação e geração de bens pelas classes que vêem se mantendo no poder durante quase cinco séculos de história.

Nesse contexto Freire passou a representar um grande perigo para a ordem estabelecida. Suas idéias partem da construção de uma percepção crítica pela escola, no tocante a formação de leitores – uma percepção que leve à interpretação e a re-escrita da história que oficialmente recheada de fatos, ancorados pelo poder da ideologia dominante, com caráter imaginário foi reproduzida para os seus educandos / as, e, que segundo o próprio FREIRE (2000, P. 142) a ideologia tem a ver diretamente com a ocultação dos fatos, com o uso da linguagem para penumbrar ou opacizar a realidade ao mesmo tempo em que nos torna “míopes”. Nesse sentido, nos deparamos com a pertinência poética de Drummond em "A Verdade Dividida" corroborando com o pensamento freiriano “E era preciso optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia”. Portanto, a obra de Freire mobiliza o leitor para que esse realize suas representações do mundo e sua realidade, tornando-se, assim, capaz de transformá-la efetivamente, de forma consciente, numa dimensão prática revolucionária, democrática, libertadora e crítica do mundo.

Nesse sentido, o enredo do filme Sociedade dos Poetas Mortos do diretor Peter Weir, faz uma crítica a educação mecânica, adotada nas escolas, trazendo, através da sedução da "telinha", uma abordagem contextualizada, onde as cenas giram em torno da visão de um professor que rompe em sua prática com um modelo de educação fossilizado e marcado pela inércia social de seus atores. Em suas aulas, o professor mobiliza o grupo para a leitura de obras literárias que possam ser saboreadas e articuladas às suas vivências sociais, redimensionando, assim, o espaço-tempo da literatura das culturas passadas em interface com o contexto presente, "pois mesmo os sentidos passados, aqueles que nasceram do diálogo com séculos passados, nunca estarão estabilizados (encerrados, acabados de uma vez por todas). Sempre se modificarão (renovando-se) no desenrolar do diálogo subsequente, futuro. Não há nada morto de maneira absoluta. Todo sentido festejará um dia seu renascimento. (Mikhail Bakhtin)– aspecto que faz a leitura de uma obra inscrever-se numa dinâmica renovada, crítica, criativa e transformadora, como parte de uma pedagogia revolucionária, defendida por Paulo Freire em toda extensão de seus escritos e reflexões.

A epígrafe que abre esse trabalho, traz como metáfora a viagem empreendida pelo leitor em terras de outrem. E esse outrem? Quem é esse outrem? Aquele ou aqueles para quem o ato de ler representa um desafio sempre a vista - a chave que abre o caminho para a autonomia e para cidadania.

Descortinar o palco de um Brasil Novo. Fazer do rasgo dessa cortina o corte do arame empreendido pelo MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra que fazem através da luta diária a re-escrita e a re-leitura de suas histórias das pelejas empreendidas pela conquista de seus direitos. Fazer da leitura a porta de todas as escolas, fazer da escola a chave que abre os caminhos de uma revolução no pensamento e na ação.

Não aceitar que Ivo, apenas, veja a uva, mas que a uva seja alimento na mesa de Ivo, representa a re-escrita do alfabeto. A cada leitura, um novo mundo, a cada novo mundo, um homem novo e uma mulher nova.
Que viva Paulo Freire
Que viva o País de Paulo Freire
Que viva Pernambuco – do cais ao sertão a construção de um projeto político erguido ti-jo-lo a ti-jo-lo como base de sustentação e abrigo de nossos sonhos e realizações.

Tabuleiro das Letras

MEU PERFIL:
Maria Aparecida Ventura Brandão - Docente da Universidade de Pernambuco, com Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Professora de Teoria da Literatura, Literatura Portuguesa e Prática de Pesquisa no Campus III - Petrolina -PE. É assessora pedagógica da Gerência Regional de Educação de Petrolina-PE, desenvolvendo projetos relacionados ao trabalho com bibliotecas escolares e com coordenação pedagógica, na dimensão da formação continuada de professores do Ensino Fundamental e Médio.


Aréas de interesse: literatura brasileira, literatura portuguesa, literaturas africanas de expressão portuguesa com foco na cultura afrodescendente, tradição oral na literatura, leitura e produção de textos em diversos gêneros.